quarta-feira, 20 de maio de 2009

Um ano perdido!

Faz hoje um ano que foi eleita a direcção que, actualmente, dirige o OCB, mas com resultados perniciosos. As semanas que precederam a famosa "assembleia do quartel dos bombeiros" foram pródigas em trocas de acusações em jornais nacionais e locais (algo que já lá vai, mas hoje sabe-se "quem é quem"). Havia a hipótese de mais de uma lista ir a votos. Porém, apenas a lista liderada por Paulo Pereira ("pela verdade") reuniu os requisitos estatutários. Agora, corrido metade do biénio, é tempo de recordar os episódios principais (ver itens abaixo) da (in)acção directiva, esquecendo a parte desportiva, pois para tal era preciso muita tinta e papel. Com certeza que as grandes mudanças, na próxima época, vão ser apenas nas próprias regras do jogo (algo também preocupante!!). Mas, na primavera de 2010, haverá, obrigatoriamente, eleições, e aí sim, terão de ser encontrados dirigentes de outro jaez.
4º- Agosto de 2008. É apresentada, à comunicação social, a equipa sénior do clube. Pedro Faria, Director Desportivo, considera que "será o ano zero para a equipa". O Treinador, Vítor Silva, garante que "o plantel é formado por gente de trabalho" e que "o objectivo da época é o acesso aos playoffs." Pela primeira vez é dado a conhecer o Plano Extrajudicial de Conciliação (PEC), algo "indispensável para a sobrevivência e sustentabilidade" do OCB, visto a direcção ter admitido não possuir plano alternativo.
7º- Outubro de 2008. Saída do preparador físico, professor Fernando Sousa.
9º- Novembro de 2008. Saída do atleta Miguel Viterbo por mútuo acordo. Começam a ser notícia os ordenados em atraso.
10º- Dezembro de 2008. Confirmação da grave situação financeira do clube, em conferência de imprensa surreal, pelos dirigentes. Paulo Pereira, Presidente, solta a seguinte frase: "Não adianta pagarmos os 1 700 € à FPP para o clube poder jogar, pois, de qualquer forma, continuará bloqueado..." Há salários em atraso a jogadores, técnicos e funcionários do clube.
O clube é suspenso - por um dia!! - de todas as competições nacionais por incumprimento do pagamento de taxas federativas. Atraso na aprovação do PEC com consequente retenção de patrocínios de empresas e subsídios camarários.
11º-
Dezembro de 2008. Saída do jogador João Pinto, supostamente por dificuldades financeiras do clube. Continuam a ser notícia, em todos os orgão de comunicação social, os ordenados em atraso.
14º- Janeiro de 2009. Ameaça de Vítor Silva a um adepto barcelense, na deslocação a Azeméis. A direcção do clube não reage.
15º- Fevereiro de 2009. José Caleiro, Secretário-geral, demite-se por não concordar com o rumo que alguns dirigentes estavam a dar ao clube.
16º- Fevereiro de 2009. Derrota ante o Porto, na última jornada da fase regular, e queda na Prova 3. Vítor Silva, furioso, ameaça um jornalista (Barcelos Popular) acusando-o de ser o responsável pelo não apuramento para os playoffs. Pedro Faria, em declarações a uma rádio, acaba por assumir as culpas pelo fracasso.
21º- Abril de 2009. Em Valongo, o OCB é cilindrado pela Associação Desportiva local e Vítor Silva garante que "as pessoas nem imaginam os problemas que a equipa está a passar."
22º- Maio de 2009. Nos Carvalhos, apesar de um relatador barcelense nos lembrar, aos microfones de uma rádio, para "o quão difícil é jogar na vila gaiense" (onde apenas um visitante perdeu, em toda a temporada!!), os oquistas conseguiram um curto e difícil triunfo de 1-7, o melhor score da época, colocando, dessa forma, o clube no bom caminho (manutenção). Vítor Silva disse, então: "a direcção está a resolver os problemas da equipa, e isso reflecte-se no rendimento."
23º- Maio de 2009. A "dança das transferências", em Portugal, encontra-se extremamente agitada. Todavia, o clube da cidade do galo mantém-se à margem, ainda não conseguiu garantir um único reforço. Ainda não foi revelado, pela direcção, se o PEC foi ou não aprovado.

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