sábado, 25 de dezembro de 2010

Resumo do campeonato 2010/11 - parte I

Previa-se um início difícil de campeonato, mas passado mais de um terço (12 jornadas), o OCB consegue alcançar o quinto posto na tabela classificativa, com 18 pontos, mais três que o sexto classificado, e sete pontos acima da 'linha d'água'. O que até deixou José Fernandes, o carismático técnico oquista, num dilema: havia prometido, com a sua sobejamente conhecida ironia, apresentar a demissão se chegasse ao Natal com 18 pontos... Mas não foram 'favas contadas', este primeiro terço, pois das seis vitórias conquistadas, cinco foram pela margem mínima, bastante 'suadas', ao passo que as derrotas (também seis) não deixaram dúvidas, embora o desaire caseiro (4-7) com o SC Tomar (quinta ronda), onde Gonçalo Favinha 'enfeitiçou' o jogo, deixasse algum sabor amargo, a sensação de que o OCB não podia perder o encontro daquela forma... Contudo, o balanço é extremamente positivo, se atendermos ao facto de que os objectivos do clube passavam essencialmente pela permanência, que deverá ser atingida sem dificuldade. Para a 'brilhante caminhada' que se regista até ao momento, contribuiu as chegadas de Márcio Rodrigues (na imagem, a festejar um golo, frente ao Espinho), em Outubro, e de Nuno Félix, em Dezembro, que completaram o plantel, que começou a temporada com apenas oito elementos.

A prova começou em Torres Vedras com uma derrota, 8-4, mas, no segundo jogo, num emocionante dérbi minhoto, o OCB venceu a AJ Viana, com um 'póquer' de Xixa, 7-6. Seguiu-se o insucesso com a UD Oliveirense, 1-3, mas na quarta jornada, os comandados de José Fernandes venceram 'extra muros' pela primeira vez, 2-3, em Valongo; na sexta ronda repetiram a fórmula e foram triunfar, 4-6, a Cascais ('póquer' de Carlos André!), regressando ao Municipal de Barcelos para, à tangente (5-4), 'despacharem' o HA Cambra. Após isso, sucederam-se três derrotas: no Porto Santo (5-1); na recepção ao Benfica (1-5 com arbitragem polémica, que prejudicou escandalosamente os casa); e no Pico, Açores, 2-1 para o Candelária SC. "Mas se perdemos três vezes seguidas, podemos vencer três vezes seguidas também", disse José Fernandes. A AA Espinho veio a Barcelos e, numa partida electrizante, perdeu 5-4, e no segundo dérbi minhoto dos barcelenses no campeonato, segundo êxito: 3-4 em Ponte do Lima, frente à AD "Os Limianos", na 12.ª jornada. Nuno Félix foi talismã nesses dois últimos desafios, ao 'facturar' mal pousou os patins na pista! E vão duas vitórias seguidas, portanto. O HC Braga 'abre' o ano em Barcelos... E como o treinador acerta sempre...

A grelha acima compara as últimas cinco épocas, ao fim de doze jornadas, e mostra que, duas épocas depois, o OCB volta a subir, quando de ano para ano ia descendo em todos os itens (tem marcas superiores às de 2008/09 e 2009/10). Contudo, das cinco temporadas em análise, a de 2010/11 é a que tem o registo de mais golos sofridos (mais um do que em 2009/10 - mas há a variável da mudança das regras, que se verificou precisamente nas duas últimas temporadas, onde houve um aumento de golos por partida, em média), mas a presente época tem o segundo melhor ataque dos últimos cinco anos (também devido, com certeza, às novas regras).
Tabela classificativa: União Micalense

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