sábado, 26 de junho de 2010

O "guião" do Gulpilhares

Em cerca de oitenta itens (!) de absoluta ficção, em resposta ao Conselho de Disciplina (CD) da Federação de Patinagem de Portugal (FPP), o Gulpilhares conseguiu a repetição de um jogo que só foi interrompido por sua exclusiva responsabilidade. Contrariando a avaliação feita pelo árbitro ao sucedido, que considera "errónea", o CD ordenou a repetição do jogo de juniores entre o OCB e o Gulpilhares, quando deveria, como mandam os regulamentos, atribuir derrota de 10-0 ao clube que abandonou a pista, o Gulpilhares. Inadmissível é a FPP dar como provado que o capitão do clube gaiense nunca abandonou a pista (condição essencial para não ser considerado abandono da partida), quando o árbitro, único agente imparcial, é taxativo ao escrever no seu relatório que apenas os cinco jogadores do OCB se mantiveram em ringue! Um dos argumentos repetido no "guião" do Gulpilhares foi a falta de segurança, afirmando que o banco do OCB "forneceu sticks" aos adeptos barcelenses (!)... Algo que obviamente ninguém viu, porque não aconteceu. O árbitro reconhece que a segurança nunca esteve em causa, pois a PSP até foi chamada ao Pavilhão Municipal de Barcelos.
O encontro foi repetido, em Vila Nova de Famalicão, na passada quarta-feira, onde o árbitro Paulo Romão mostrou quem manda no hóquei em patins. A interrupção da recarga a um penálti a favor do OCB (um lance de iminente golo), para muito pedagogicamente ir aconselhar calma ao banco gulpilharense, foi o paradigma da actuação do juiz num desafio que nunca o OCB venceria (perdeu 2-4, embora os últimos dois minutos não fossem jogados - o Gulpilhares encontra-se na final four, neste fim-de-semana). No entanto, a revolta barcelense no final, que muito bem a direcção, em comunicado, acabou por lamentar, podia ser evitada.

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